18.9.08

thing's i'll never say.




Minhas unhas pretas descascadas, o teu jeito engraçado de observar todos a sua volta e a nossa insegurança.
Existe uma vontade de aproximação quando os olhares se cruzam. Imagino as experiências que trocaríamos, coisas de nossas vidas absolutamente distintas, mas unidas pelo acaso.
Queria eu ter iniciativa, mas como chegar até você? Eu me sinto uma estúpida porque não sei como conversar “pela primeira vez” com as pessoas. Medo? Vergonha? Insegurança. O meu lado otimista me falta estas horas. “Para que fazer isso? Pra quebrar a cara de novo, e ele te achar uma boba?”. Mas e se ele gostar de mim? E se me achasse legal?
“Se... se...”, ah não, é sempre “se...”. Preciso agir mais, parar de perder todas as oportunidades de conhecer pessoas. É só que não seria a primeira vez que me decepcionaria com elas. Pela primeira impressão, eu já sei o que esperar delas; “pré-conceito”. Não, não é frescura.
Queria eu ter coragem de chegar, abrir um sorriso radiante para você cada dia, e sentir que era isso que você queria fazer e não conseguiu também. Que você dissesse algum dia, o quanto foi bom a gente ter se conhecido.
É, eu acho que as minhas unhas vão ficar um pouco mais descascadas. Porque é isso que eu faço quando olho pra você e penso nos meus “se...”. Mas eu pinto de novo. E no dia que elas estiverem conservadas, eu terei parado de estragá-las, porque talvez os olhos se prenderam de vez e deixaram de ser nosso único meio de comunicação.

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