3.7.12

um erro um buraco um fundo um vazio um poço um não

13.6.12

12.6.12

arrepio.

peito gelado
mão quente

liberdade.

acordei rouca e nua. vi um teto que não era meu, numa cama que não era minha.
não havia medo nem fome, só pressa.


Déjà vu é quando nós vemos ou sentimos algo pela primeira vez e temos a sensação de já ter visto ou experimentado aquela sensação anteriormente. 
na verdade, era como se eu já tivesse previsto.

só o gosto na boca: havia conquistado. fui embora, mas quis ficar.


10.6.12

ou algo assim.

"teus olhos de peixinho nos meus olhos de aquário".

28.5.12

não sei se era porque o coração tava quente, mas essa noite quase não fez frio.

25.5.12

quis andar pra ver o céu e acompanhar uma lua sorridente que só crescia.
mas sem contar a lua, olhava pra cima e só via breu, meia dúzia de estrelas escondidas, postes e fios de tensão.
senti que não pertencia à esse lugar. fiquei aliviada e sorri.

24.5.12

Vivo quatro dias dentro de um dia só.
Um eu vivo porque preciso, dois eu vivo porque são o que eu sou e o outro é o ensaio de morte.
Dessas pequenas mortes diárias, sabe? Uma morte pra morrer as quatro vidas do dia, pra renascer e viver mais quatro no dia seguinte.

Então vivo mais quatro, morro, renasço, vivo, morro, renasço. Vivo. E sigo.

21.5.12

o corpo enfraquece para que possa se fortalecer.
é como dar um passo pra trás, pra depois andar uns 13.

tô recuando. mas quando eu for, vou longe.

13.5.12

8.5.12

aqui acaba um ciclo.


aqui começa o outro:

7.5.12

sou leonina quando eu danço.

2.5.12

É que eu também preciso de mim.

26.4.12

e o coração começou a pulsar junto com a batida do tambor.

já a segunda do tambor, era a décima do meu coração.

obrigada. obrigada. obrigada. obrigada. obrigada. obrigada. obrigada.

21.4.12

VEJO AMOR ONDE NÃO TEM.
e nunca houve um relacionamento duradouro e estável. houve poucos relacionamentos.
talvez nem chegassem a ser relacionamentos, fossem pequenos momentos de troca.
a carência se manifesta das mais profundas formas. às vezes dói. estar só é um esforço diário para vivenciar o que já se vive. andando em círculos, esperando.
relógio biológico ou coração só? não sabe. só tem certeza de quer preencher um vazio que a amargura.

17.4.12


A medida que aumenta o conhecimento científico diminui o grau de humanização do nosso mundo. O homem sente-se isolado no cosmos porque, já não estando envolvido com a natureza, perdeu a sua "identificação emocional inconsciente" com os fenômenos naturais. E os fenômenos naturais, por sua vez, perderam aos poucos as suas implicações simbólicas. O trovão já não é a voz de um deus irado, nem o raio o seu projétil vingador. Nenhum rio abriga mais um espírito, nenhuma árvore é o princípio de vida do homem, serpente alguma encarna a sabedoria e nenhuma caverna é habitada por demônios. Pedras, plantas e animais já não têm vozes para falar ao homem e o homem não se dirige mais a eles na presunção de que possam entendê-lo. Acabou-se o seu contato com a natureza, e com ele foi-se também a profunda energia emocional que esta conexão simbólica alimentava. Esta enorme perda é compensada pelos símbolos dos nossos sonhos. Eles nos revelam nossa natureza original com seus instintos e sua maneira peculiar de raciocínio. Lamentavelmente, no entanto, expressam os seus conteúdos na própria linguagem da natureza que, para nós, é estranha e incompreensível. Somos, assim, obrigados a traduzir esta linguagem em conceitos e palavras racionais do vocabulário moderno, que se libertou de todos os seus embaraços primitivos — notadamente da sua participação mística com as coisas que descreve. Hoje em dia quando falamos em fantasmas e outras figuras numinosas já não os evocamos. Estas palavras, que já foram tão convincentes, perderam tanto o seu poder quanto a sua glória. Deixamos de acreditar em fórmulas mágicas; restaram-nos poucos tabus e restrições semelhantes; e nosso mundo parece ter sido saneado de todos estes numes "supersticiosos", tais como feiticeiras, bruxas e duendes, para não falarmos nos lobisomens, vampiros, almas do mato e todos os seres bizarros que povoavam as florestas primitivas.

JUNG, Carl Gustav. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira, 1996. 5ª ed. p.95.

1.4.12

meu corpo grita.

30.3.12

16.3.12

pas-Sarinha. pas-Sarão.
forçando o vôo.............

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