28.9.11

Cigarra réa, avoando desbaratinada por aí, caçando um tronco pra si. Me tirou de árvore: se embrenhou na cabeleira e só cessou o canto quando estávamos as duas banhadas pela água que São Pedro mandou.

14.9.11

Tira esse racional daí, limpa a mente, põe o coração no lugar.
Deixa que o corpo flui e se guia só.

Se torne você.

13.9.11

Ana tem olhos de pressão.
Deixa explodir, nega, deixa inundar corpos e corações.

9.9.11

O Peso da Tua Cadeira Vazia

Depois que você foi embora a única coisa que eu sabia fazer era sentar de frente pra tua cadeira e observar o vazio dela. Quanto pesava o vazio da cadeira. Puxava, quebrava, colocava outro no lugar e ele continuava lá a pesar. Apesar.
Era como se tivesse se apropriado daquela parte do chão, virasse algo como parte dele. Nem ele queria mais que você saísse de lá.
Hoje eu sento no teu vazio, a pesar. O que não melhora nada. Me tornei o vazio.