26.4.12

e o coração começou a pulsar junto com a batida do tambor.

já a segunda do tambor, era a décima do meu coração.

obrigada. obrigada. obrigada. obrigada. obrigada. obrigada. obrigada.

21.4.12

VEJO AMOR ONDE NÃO TEM.
e nunca houve um relacionamento duradouro e estável. houve poucos relacionamentos.
talvez nem chegassem a ser relacionamentos, fossem pequenos momentos de troca.
a carência se manifesta das mais profundas formas. às vezes dói. estar só é um esforço diário para vivenciar o que já se vive. andando em círculos, esperando.
relógio biológico ou coração só? não sabe. só tem certeza de quer preencher um vazio que a amargura.

17.4.12


A medida que aumenta o conhecimento científico diminui o grau de humanização do nosso mundo. O homem sente-se isolado no cosmos porque, já não estando envolvido com a natureza, perdeu a sua "identificação emocional inconsciente" com os fenômenos naturais. E os fenômenos naturais, por sua vez, perderam aos poucos as suas implicações simbólicas. O trovão já não é a voz de um deus irado, nem o raio o seu projétil vingador. Nenhum rio abriga mais um espírito, nenhuma árvore é o princípio de vida do homem, serpente alguma encarna a sabedoria e nenhuma caverna é habitada por demônios. Pedras, plantas e animais já não têm vozes para falar ao homem e o homem não se dirige mais a eles na presunção de que possam entendê-lo. Acabou-se o seu contato com a natureza, e com ele foi-se também a profunda energia emocional que esta conexão simbólica alimentava. Esta enorme perda é compensada pelos símbolos dos nossos sonhos. Eles nos revelam nossa natureza original com seus instintos e sua maneira peculiar de raciocínio. Lamentavelmente, no entanto, expressam os seus conteúdos na própria linguagem da natureza que, para nós, é estranha e incompreensível. Somos, assim, obrigados a traduzir esta linguagem em conceitos e palavras racionais do vocabulário moderno, que se libertou de todos os seus embaraços primitivos — notadamente da sua participação mística com as coisas que descreve. Hoje em dia quando falamos em fantasmas e outras figuras numinosas já não os evocamos. Estas palavras, que já foram tão convincentes, perderam tanto o seu poder quanto a sua glória. Deixamos de acreditar em fórmulas mágicas; restaram-nos poucos tabus e restrições semelhantes; e nosso mundo parece ter sido saneado de todos estes numes "supersticiosos", tais como feiticeiras, bruxas e duendes, para não falarmos nos lobisomens, vampiros, almas do mato e todos os seres bizarros que povoavam as florestas primitivas.

JUNG, Carl Gustav. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira, 1996. 5ª ed. p.95.

1.4.12

meu corpo grita.