28.5.09

que puxa!



Charlie Brown: E o amor não existe pra fazer a gente feliz?
Peppermint Patty: Nem sempre minduim, nem sempre...

26.5.09


quero um sorriso que dure uma quadra e dobre a esquina a
iluminar-me
[ texto: nei duclós / desenho: katita ]

16.5.09

but we both know that i'm not that strong.

Apodreci. Sinto-me damasiada impotente por não conseguir te arrancar de mim.
Será que eu nunca vou me curar de você?
É desesperador. É amor, muito amor, coisa de outro mundo, sem explicação, sem entendimento, sem porquê. Só é, abstrato e vago assim. Mas um vago preenchido.
Dói. Mais do que deveria ou do que eu sou capaz de aguentar.


Essa tua presença persistente, fechou meu corpo+alma para o resto do mundo. É como se eu estivesse surda, muda, cega.

10 meses, 19 dias, 21 horas e alguns minutos sem amar alguém.
Não do jeito que eu te amei.
Não do jeito que eu ainda te amo.


Desculpe-me ser tão fraca e permanecer insistindo nisso.

15.5.09

sobre se perder.



Sem vacilar, analisa cada parte de seu corpo. Atenta-se ao bater do coração tosco, na tentativa de controlá-lo. Inútil. Entra em sintonia com aqueles batimentos enquanto se observa.
Passa horas em frente ao espelho, reparando-se minusciosamente até não mais saber quem é. Ela gosta de se perder. O mundo ao seu redor deixa de existir naqueles instantes... É adorável. Algo como leveza + liberdade = poder ser qualquer e só mais um, poder fechar os olhos e chegar onde quer que seja.
Chegar exatamente naqueles lugares por onde passou, em que a felicidade transbordou... Assim como transborda o mar. Nadando então no seu mar fantástico cada vez para mais longe e cada vez mais em direção ao fundo. Encontra-se em qualquer memória e se afoga.
É feliz enquanto se afoga nos próprios sonhos.
Mas morre em algum instante.
Só que morre lá para viver de novo aqui. Vida clichê, mundo banal...
Por isso decide, enfim, arrumar mais um membro corporal: um espelho, para qualquer momento poder atravessar pro lado de lá e sair de si.
[ nunca se sentiu tão bem por estar se afogando ]

3.5.09

lirismo dos clowns


Comprei roupa de palhaço, nariz e sapatos. Não me adiantaram de nada.
Agora procuro uma ALMA DE PALHAÇO.
Grande, viva e multicolorida! Pode estar alguns anos gasta, mas que esteja bem cuidada... Apesar de que pior que a minha nenhuma deve estar.
Essa alma de retalhos, todos da mesma cor nublada. Cinza-dia-de-chuva. Chuva incessante, dilúvios, raios e trovões. Não há espaço no céu da minha alma para o sol! Nada quente ou radiante; só essa chuva de emoções forte e traiçoeira. Lastimável.

Eu quero a melhor que estiver disponível por ai. Ainda tenho muitas cores pra descobrir.




2.5.09

projeto biográfico precoce e inacabado


Meu nome era pra ser Helena, eu gosto da minha cidade, de cinema, música e ler palavras de trás pra frente. Meu tamanho não é tão adequado à idade ou sexo (ao sexo porque meus pés são grandes; no ramo dos calçados é classificado como tamanho masculino). Sou passiva, observadora, ouvinte e não tão sociável como de vez em quando me arrisco a ser.
Tenho mania de papel. Muito papel. Milhões deles... Gavetas entupidas: filipetas, recortes de jornais, anotações em guardanapos, embalagens, cadernos, livros e pôsteres. De fato são minha representação, pedacinhos que se forem encaixados uns aos outros resultarão em minha pessoa.
Meu mundo anotado, impresso, gravado, guardado, arquivado.

Concluí então que eu sou uma floresta, imagine só ...