28.3.09

imagino.além.futuro.querer


O platônico então perde sua essência e torna-se o declarado... o amor gritado, demonstrado, escandalizado.
Escrito na testa, nos olhos, na boca, nas mãos.
Hasteio bandeiras, espalho em outdoors, aviões com faixas, escrevo na areia, no mar, no céu, na lua!
Jogo ao mundo, aos quatro, cinco, seis ventos, cantos e encontros.
Do meio vazio torno-me parte cheio, as vírgulas aumentam, a emoção chega ao ápice.
A proporção das coisas engrandecem, mas nada importa, nada mais faz sentido, você vai ouvir, você também vai entender... Mesmo se em ti só chegar o eco do eco do eco do mínimo eco, o meu amor vai ser o inverso. O maior e mais tresloucado. O que toma o lugar de toda a lógica que o universo tinha. A lógica não tem graça, a lógica não encanta, a lógica não me deixa com olhos brilhando, ofuscando toda e qualquer outra imagem que você possa querer ver.

E então eu te encontro, eu te tenho, invado-te e o doce que era doce e que vai ser doce mais ainda por ser real. Que seja doce (sete vezes!), como já diria Caio. E que seja abençoado.






PS: "Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma como precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo." do Caio, de novo e outra vez.

Um comentário:

Laura* disse...

senti um frio na barriga.
meu rosto ficou molhado.
mesmo assim, obrigada pelas palavras (: