- Explique-se então. Nós temos tempo. Bom, eu tenho pelo menos.

- Eu tenho também, tenho mesmo. Nunca tem nada me esperando.

- Sempre tem algo nos esperando.


você que faz o sentido.

vontade do que não existe e saudade do que não aconteceu.

não é a primeira vez e nem vai ser a última.
e a gente sempre sobrevive mesmo...

o coração está nas asas e vice-versa.

não preciso de mar nenhum.
eu sei me afogar sozinha.

“Às vezes me parece que estou perdendo tempo, às vezes me parece que, pelo contrário, não há modo mais perfeito, embora inquieto, de usar o tempo: o de te esperar.”

Clarice Lispector.

É só ter alma de ouvir,
e coração de escutar.

caê.

e eu aqui te amando do jeito mais difícil.
não me confunde.

let go on my heart.

foi amor ou medo de ficar sozinho outra vez?

sentindo umas esquisitisses por dentro. coisa meio amarga, meio pesada.
peso que me impede de voar.....................................


[arte: andreazevedo]

a gente se sabia... mas fingia que não.

Miss Fields disse...

joga toda essa água pra fora. deixa o cômodo vazio. passa o rodo, deixa seco. tira o mofo, o ácaro, a poeira. abre as janelas. reforma.
pinta tudo de novo. azul, amarelo, roxo, verde, bolinhas brancas, estrelas cor-de-rosa. põe novas cortinas. pega essa água e rega o canteiro. espera secar a tinta, instalar tudo e as flores nascerem de novo. aí espera o visitante.

3 de maio de 2009 21:57

vejo amor em muita coisa.
talvez esse seja então o meu problema. ou não.

Eu poderia ficar ali parado, olhando a mancha de café espalhar-se lenta sobre o poema, lembrando tudo que não queria lembrar e assim, parado para sempre no meio do apartamento enquanto vidas alheias acontecem além das janelas, fora e longe de mim, sentisse apenas mágoa, saudade e esse tipo de espanto amargo em que ninguém dá jeito, eu poderia.

caiofernandoabreu